terça-feira, 13 de outubro de 2009

Bede Griffiths Sangha

BEDE GRIFFITHS, considerado tanto um guru quanto um monge beneditino, saiu da abadia de Prinknash e fundou um ashram na Índia com o objetivo de unir a tradição ortodoxa da Fé Cristã com a tradição ortodoxa do Vedanta e ver como ambas podem ser mutualmente enriquecidas.


Grupo Contemplativo Bede Griffiths Brasil.

No Nosso Grupo fazemos práticas religiosas do Mosteiro Camaldolense Shantivanam Ashram (Índia), incluindo meditação silenciosa, cantos devocionais indianos, mantras, orações e ritos indianos. A meta é promover o dialogo entre Oriente e Ocidente, divulgar a vida contemplativa do Cristianismo e unir as pessoas na busca de Deus, dentro do pensamento universal de Pe Bede Griffiths. O grupo está aberto a todas as crenças religiosas, cristãos e não-cristãos, e até pessoas sem nenhuma religião. É o que chamamos de Sangha, que, em sânscrito, significa comunidade ou pessoas que estão direcionando suas mentes em busca da verdade ultima, através de uma vida contemplativa Sejam, portanto, bem-vindos !Om Namah Cristaya !
Os encontros são feitos sempre no último sábado do Mês ás 18:30 na Rua Vergueiro perto do metrô Vl Mariana (trav da Lins de Vasconcelos) São Paulo-Capital
para maiores informações:
Grupo Contemplativo Bede Griffiths ☏ (011) 9787-8855 (Marcos) ou no e.mail grupobedegriffiths@gmail.com

mais sobre Dom Bede Griffiths (inspiração do Grupo)

Alan Richard "Bede" Griffiths (17/12/1906 - 13/05/1993), também conhecido como Swami Dayananda (Bem-aventurança da Compaixão), era um monge britânico beneditino e missionário que viveu no sul da Índia em Ashrams. Ele nasceu em Walton-on-Thames, Inglaterra, e estudou literatura na Universidade de Oxford junto com o professor e apologista cristão CS Lewis, que se tornou seu amigo ao longo da vida. Em sua autobiografia (The Golden String), Bede Griffiths reconta a história de sua conversão ao catolicismo em 1931, quando era estudante em Oxford.

Em dezembro de 1932, Bede Griffiths integrou-se ao mosteiro beneditino de Prinknash Abbey, perto de Gloucester, onde foi ordenado ao sacerdócio em 1940. Passou algum tempo na abadia irmã, na Escócia, mas, após duas décadas de vida na comunidade, mudou-se para Kengeri, Bangalore, Índia, em 1955, com o objetivo de construir um mosteiro. Esse projeto foi realizado, mas em 1958 ele ajudou a criar, com Acharya Francis Kristiya Sanyasa Samaj, o Kurisumala Ashram (Montanha da Cruz), um mosteiro de rito sírio - Syro Malabar - da Igreja Católica em Kerala. Em 1968, mudou-se para o Shantivanam (Floresta da Paz), um Ashram em Tamil Nadu, que tinha sido fundado pelo monge beneditino francês Abhishiktananda em 1950. Embora permanecesse um monge católico, aprovou a pompa da vida monástica hindu e entrou em diálogo com o hinduísmo. Bede Griffiths escreveu 12 livros sobre o diálogo hindu-Cristão. Bede Griffiths forma o Vedanta de inspiração cristã chamado Sabedoria do cristianismo.
Bede Griffiths foi um proponente do pensamento integrante, que tenta harmonizar posições no mundo científico e espiritual. Em 1983, em uma entrevista, ele declarou: "Estamos agora sendo desafiados a criar uma teologia que utilizaria os achados da ciência moderna e o misticismo oriental, que, como sabem, tanto coincidem. Bede Griffiths morreu no Shantivanam Ashram em 1993. Os arquivos de Bede Griffiths Trust estão na União Teológica Licenciatura, em Berkeley, Califórnia.



Além de ser Cristão, eu preciso ser um hindu, um budista, jainista, zoroastrista, Sikh, Muçulmano e Judeu. Só assim poderei conhecer a Verdade e encontrar o ponto de reconciliação de todas as religiões... E esta revolução que tem de se processar na mente do homem ocidental
"Padre Bede Griffiths.(Swami Dayananda)

A Experiência Advaita de Bede Griffiths.

Gostaria de compartilhar com você algo da minha experiência advaita ... eu estava absorto e carregado de Amor então o feminino (Shakti ou Espirito Santo) se abriu em mim toda uma nova visão mais aberta. Eu vi o amor como o princípio básico de todo o universo. Eu vi Deus na terra, nas árvores, nas montanhas. Isso levou-me à convicção de que não existe bem ou mal absoluto neste mundo. Temos que deixar de lado todos os conceitos que dividem o mundo em bem e mal, certo e errado, e começar a ver a complementaridade de opostos que Cardeal Nicholas de Cusa chamou a coincidentia oppositorum, a "coincidência de opostos". Dom Bede Grifftiths.(Swami Dayananda)fonte www.bedegriffihts.com

11 comentários:

  1. a experiência advaita (Não dualidade) entra em um contexto de que somos realmente uma unidade presente em toda parte sentimos como estar absortos no amor de Deus é o estado incondicionado e sem palavras. quado meditamos podemos ter nuances desta experiencia, inicia-se com a quietude e a paz quando se torna madura a meditação e nos estagios finais vem as experiências como sons de sinos, sons de grilos, uns sentem como uma explosão a partir dai pode acontecer de ter uma experiência nao dual, mas quando não estamos preparados a energia quando vem assusta muitos leigos e sadhakas (aspirantes) tem este inicio mas fugem por medo, na verdade é por não estarem ainda preparado para tal experiência, mas vamos tentando Meditem ! Meditem ! Meditem !

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  2. sobre a não dualidade dentro do Cristianismo a Theosis a divinização da alma em Deus.

    Theosis
    4. A Doutrina da Deificação
    O mistério cristão, na sua essência, é a união/a aliança entre Deus e o humano: “Eu lhes dei a glória que me deste, para que sejam um, como nós somos um: Eu neles e Tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade e para que o mundo reconheça que Tu me enviaste e os amaste como amaste a mim” (Jô 17,22-23).

    Esta união com Deus através da nossa união com Jesus constitui a salvação do humano, o vencer a fragilidade humana para participar da natureza divina. A esta noção os Padres Gregos chamam de “deificação” (em grego: theosis), o processo da divinização do humano.

    A oração hesicasta quer sempre recordar esta certeza de “ser em Deus”. Com a oração, esta nossa transformação em Deus se faz sempre mais ativa e consciente, e se desenvolve em todas as suas possibilidades. O hesicasmo mostra que isto é possível através dos sacramentos, da ascese e da “oração de Jesus” (a invocação incessante do Nome de Jesus).

    texto tirado deste site
    http://www.franciscanos.org.br/noticias/noticias_especiais/espiritualidadehes

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  3. Unidade além da dualidade



    por Dom Bede Griffiths OSB Cam

    (Swami Dayananda)



    Esta palestra foi extraída do conjunto de palestras que ele proferiu no John Main Seminar de 1991. Essas palestras exploram a tradição da meditação cristã e relacionam-na com as grandes tradições orientais. Pe. Bede mostra como a jornada interior pode contribuir para a unidade espiritual.



    Nossa meditação nos expõe a profundas feridas em nossa natureza e, nos força a encarar o sofrimento da humanidade, desde o início dos tempos. Ela cultiva a compaixão e, isso por sua vez precisa se expressar como compaixão em nossas vidas.
    Precisamos superar a dualidade da mente consciente, que nos separa de Deus e, uns dos outros e, compreender que, em Cristo, essa dualidade foi superada. Vocês sabem, o pecado original é uma queda em direção à dualidade. O ser humano original foi criado para ser unificado em corpo, alma e espírito e, assim estar aberto a Deus. A queda da humanidade é a queda do espírito à psique, o que vale dizer, ao ego, ao eu separado. Em lugar de nos abrirmos constantemente a Deus no espírito, caímos em nosso ego, e nos fechamos no medo e na luta, para nos auto-preservarmos. Cristo veio para nos libertar dessa dualidade. Uma vez que você cai em direção à psique, tudo se torna dual, o bem e o mal, certo e errado, branco e preto, consciente e inconsciente, mente e matéria, sujeito e objeto, verdade e erro. A mente racional dualiza tudo. Ela enxerga tudo em termos de pares de opostos.
    Porém, sempre, além do dualismo da mente, está o espírito unificador. A meditação nos leva além das dualidades, em direção ao espírito unificado. Jesus é aquele que rompeu a divisão em nossa natureza. São Paulo nos diz que ele “destruiu a muralha divisória”. No Templo, em Jerusalém, havia uma muralha que nenhum gentio podia cruzar.

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  4. Nossa meditação nos expõe a profundas feridas em nossa natureza e, nos força a encarar o sofrimento da humanidade, desde o início dos tempos. Ela cultiva a compaixão e, isso por sua vez precisa se expressar como compaixão em nossas vidas.
    Precisamos superar a dualidade da mente consciente, que nos separa de Deus e, uns dos outros e, compreender que, em Cristo, essa dualidade foi superada. Vocês sabem, o pecado original é uma queda em direção à dualidade. O ser humano original foi criado para ser unificado em corpo, alma e espírito e, assim estar aberto a Deus. A queda da humanidade é a queda do espírito à psique, o que vale dizer, ao ego, ao eu separado. Em lugar de nos abrirmos constantemente a Deus no espírito, caímos em nosso ego, e nos fechamos no medo e na luta, para nos auto-preservarmos. Cristo veio para nos libertar dessa dualidade. Uma vez que você cai em direção à psique, tudo se torna dual, o bem e o mal, certo e errado, branco e preto, consciente e inconsciente, mente e matéria, sujeito e objeto, verdade e erro. A mente racional dualiza tudo. Ela enxerga tudo em termos de pares de opostos.
    Porém, sempre, além do dualismo da mente, está o espírito unificador. A meditação nos leva além das dualidades, em direção ao espírito unificado. Jesus é aquele que rompeu a divisão em nossa natureza. São Paulo nos diz que ele “destruiu a muralha divisória”. No Templo, em Jerusalém, havia uma muralha que nenhum gentio podia cruzar.

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  5. Caso o fizesse, ele seria executado. Era para os judeus, o povo escolhido. Essas pessoas ficavam de fora. Jesus destruiu essa muralha divisória, franqueando o Templo a toda a humanidade. Todavia, nós construímos todas essas muralhas novamente, dividindo o mundo e, é claro que este tem sido o nosso problema.
    Jesus destruiu a muralha divisória, como diz São Paulo e, isto é a hostilidade dentre nós e, reconciliou-nos em um corpo na cruz. Necessitamos, hoje em dia, levar a sério essa visão de que a humanidade é um corpo, um todo orgânico. Os Padres possuíam esse forte sentimento do Adão que está em toda a humanidade. São Tomás de Aquino, numa bela frase, nos disse: Omnes homines, unus homo, todos os homens são um homem, um todo orgânico. Somos todos membros deste único Homem, que caiu e se dividiu em conflitos e confusão. E, Jesus restaurou a humanidade, não apenas judeus ou cristãos, ou qualquer grupo em particular, mas, a humanidade, a essa unicidade, o novo Adão, a raça humana consciente de sua unidade fundamental e, de sua unidade com o cosmos. Isso é o que hoje estamos recuperando. Estamos começando a redescobrir a humanidade que nos é comum. A televisão, que traz os eventos de todas as partes do mundo para tão perto das pessoas, está nos ajudando a compreender que as coisas que acontecem no Iraque e, em outros lugares, são parte de nossos próprios problemas. Enxergamos a humanidade como parte de um todo cósmico. Somos todos parte deste planeta, moldados por ele e, estamos crescendo e vivendo a partir dele. Somos todos partes uns dos outros, estamos crescendo através de contatos uns com os outros, assim como, um todo orgânico. Estamos recuperando essa unidade, além da dualidade, por direito de nascimento.

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  6. Em nossa tradição hebraica, a dualidade é muito forte. Penso que a humanidade teve que passar pelo dualismo, para aprender a diferença entre o certo e o errado, o bem e o mal, a verdade e o erro. Você precisa passar por esse estágio de separação e divisão, porém, então, você precisa transcendê-lo. O Velho Testamento geralmente reflete essa dualidade: eram sempre os israelitas que eram o povo sagrado e, de fora ficavam os gentios, que deveriam ser rejeitados. Os bons deveriam ser separados e os maus condenados. Esse dualismo permeia toda a tradição judaica.
    Jesus é originário dessa tradição judaica e, freqüentemente se utilizava de sua linguagem de rejeição e condenação, ainda assim, ele ia sempre além dela e, nos levava ao ponto onde transcendemos todas as dualidades. Há uma maravilhosa expressão disso no evangelho de São João: “afim de que todos sejam um. Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles estejam em nós” Jesus é completamente um com o Pai, ainda assim, ele não é o Pai. É uma relação não dual. Não é um e, não é dois. É um mistério de amor. O amor não é um e, não é dois. Quando duas pessoas se unem no amor, elas se tornam uma, ainda assim, mantém sua distinção. Jesus e o Pai possuíam essa completa comunhão em amor e, ele nos pede para nos tornarmos um, assim como ele é um com o Pai, unicidade completa, no ser não-dual do Pai. É o chamado cristão, para a recuperação dessa unidade.

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  7. Na Índia, essa idéia da não-dualidade, advaita, é fundamental. A tradição indiana possui esse sentido de se ir além das dualidades. Os cristãos de nossos dias podem aprender muitas coisas da tradição indiana e, particularmente, esse entendimento do advaita, a não-dualidade. O cristianismo desenvolveu, a partir de Israel, uma tradição de dualismo. Atravessou a cultura greco-romana, que também era dualista, de um modo diferente e, assim continuou.





    Porém, hoje estamos nos encontrando com as religiões da Ásia e, estamos começando a descobrir o princípio da não dualidade. É o chamado fundamental da humanidade. A não-dualidade não é um e, não é dois e, não é racional. A mente racional requer que tudo seja um ou dois, enquanto que a não-dualidade, que está além do racional, afirma uma relação que não é um e, não é dois. Somente através da meditação passamos além dessa dualidade. Estamos sendo chamados a recuperar a unidade, além da dualidade, que é nosso direito por nascimento e que, só ela, pode atender a mais profunda carência da humanidade hoje.
    Tenho planos para um livro sobre as Escrituras do mundo, para ser lido por cristãos e outros, no qual eu tente mostrar que toda religião, hinduísmo, budismo, taoismo, islamismo, judaísmo e cristianismo, todas elas possuem um elemento dualístico, a partir do qual começam e, todas elas se dirigem a esse não-dualismo. Judaísmo e islamismo são especialmente dualistas em suas escrituras, tendem a sempre ser dualistas e, podem ser repletas de terríveis acusações a não-crentes e, descrições de sua condenação e punição. Este é um estágio da religião, que não devemos rejeitar, que as pessoas tem de atravessar. Os sufis dos séculos oito e nove, no Islam, foram além, direto para o não-dualismo e, o não-dualismo sufi é exatamente similar ao não-dualismo indiano, assim como o não-dualismo de mestre Eckhart, de nossa tradição cristã. Toda religião, através de sua tradição mística, vai além do dualismo, para o não-dual. Este é o nosso chamado, ir além do dualismo.





    A meditação é o único caminho, para se ir além do dualismo. Quando a mente cessa, você descobre o princípio unificador por trás de tudo. Esta é nossa verdadeira esperança e, nosso chamado. Isto é importante e, penso que no movimento da meditação Deus está nos conduzindo e, à humanidade através de nós. É um chamado que percorre todo o mundo. Por toda parte, pessoas estão se encontrando, descobrindo esta carência e atendendo-a, nos diferentes caminhos da meditação.
    Estamos todos sendo chamados a abrir nossos corações ao mistério não-dual da Santíssima Trindade. Não é um, não é um Deus assim. É a comunhão de amor. Aquela é a Realidade não-dual. Assim, aquele é o nosso chamado hoje.

    Om.
    Saha Nāvavatu. Saha Nau Bhunaktu.
    Saha Viryam Karavāvahai.
    Tejasvināvadhitamastu.
    Mā Vidvishāvahai.
    Om. Śāntih. Śāntih. Śāntih.
    (Mantra do Katha e Śvetāshvatara Upanishads) (Om.
    Possa Ele proteger-nos juntos (revelando conhecimento).
    Possa Ele nos conceder os resultados do conhecimento.
    Possamos obter vigor, juntos.
    Que nosso estudo seja revigorante.
    Possamos nunca hostilizar um ao outro.
    Om. Paz. Paz. Paz.)

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  8. A Observância da Quaresma

    São Bento na sua Regra (Capítulo 49) alerta, desde o início, que a vida do monge deveria ser, em todo tempo, uma observância da Quaresma (1). No entanto, a realidade é que são poucos aqueles que possuem tal energia, sobretudo a constância e a perseverança que a atitude requer. Assim, cada ano, nos dias da Quaresma deve-se por em prática o que não é possível realizar durante toda a vida com a mesma ou ainda com maior intensidade.
    Para isso se exige uma atitude fundamental que dá à vida monástica secular o seu sentido, a saber: guardar a vida com grande pureza. Pureza tem aqui o sentido de “puritas cordis”, que segundo Cassiano é por essência a ”caritas”.
    A oblação monástica secular não nasce na Igreja na linha de corrente da hierarquia, nasce, isto sim, na linha da exigência de uma vida de santidade. Para tanto, tem uma característica que lhe é própria e específica para atingir tal objetivo, embora se reconheça a existência de um chamamento universal, dirigido a todos os homens, para uma vida de perfeição. Nesse sentido e com esta ênfase, o Estatuto dos Oblatos Seculares, no seu Capítulo III, destaca que “A santidade é, pois a vocação suprema de todo oblato”.

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  9. Quando Jesus propõe, no Sermão da Montanha, o ideal de vida a ser alcançado pelos seus discípulos, não hesita em declarar: “Sede, pois, perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito”. Certamente, não se trata de reproduzir, em nós, a perfeição infinita de Deus, mas sim, de buscar o modo de agir de Deus para com os homens, feito de amor, carinho, bondade e misericórdia.
    Portanto, será por meio da caridade que o Oblato Secular encontrará a perfeição da sua vida cristã. A caridade o conduzirá no seguimento de Jesus, naquilo que o torna imitável: o Amor. A perfeição da caridade cristã consiste em amar com esse amor que é a caridade, que o Espírito Santo difunde em nossos corações através da graça.
    Hoje, mais do que nunca, o mundo se encaminha cada vez mais, para uma nova forma de humanismo. O homem é o centro do pensamento e, portanto, objeto de considerações e atenções particulares, as quais variam de acordo com a ideia que dele se tem.
    Observamos que na espiritualidade monástica o homem sempre teve uma importância enorme e determinante, basta que se volte os olhos para a própria experiência de São Bento, que sempre tomou o irmão em grande consideração, quando se dizia com convicção não ser possível irmos sozinhos a Deus, mas sempre necessariamente com os irmãos, sendo Ele o pai de todos.
    É mediante o irmão, que se passa continuamente de uma vida vazia e insignificante à vida plena: “Sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os nossos irmãos” (1 Jo 3,14).
    É com o irmão que se pode estabelecer já, desde aqui na terra, o modo de viver conforme a vida da Trindade; é justamente com ele que se pode construir no mundo um templo de Deus e experimentar nesta terra um pouco do Paraíso.
    E tudo isto por qual motivo? Porque Cristo, de um modo ou de outro, estabelece a sua presença em cada homem: em qualquer pessoa que de nós se aproxima encontramos de fato o Senhor. Esta atitude não é somente uma atitude de solidariedade humana, como vem sendo sublinhado pelos diversos humanismos existentes nesta época; nem só uma atitude de solidariedade fraterna, com o “companheiro de sorte”. O irmão não é somente o amigo, o colega, um consanguíneo, ou alguém que foi colocado na minha vida ou um companheiro para repartir as alegrias e as tristezas, o irmão é uma criatura amada por Deus, na qual Jesus, que nele está presente misteriosamente, deve formar-se. No irmão, Jesus entra em contato comigo, como dom, como enriquecimento, como purificação; no irmão, Jesus quer ser amado e servido.
    Deus proporciona a cada homem que o procura, uma maneira de encontrá-Lo. O próximo não deve ser amado por si mesmo, mas nele, deveríamos amar a Cristo. Jesus dissera: “todas as vezes que vós fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos (significando todos), a Mim o fizestes” (Mt 25,40).
    Se Cristo de algum modo, estava presente em todos, não podemos fazer discriminações, nem ter preferências. Se Cristo estava por trás de cada um, Cristo estava em cada um. E cada homem era realmente outro Cristo”.

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  10. Om Namah Christaya Jarson
    valeu vamos divulgar !

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  11. Reunião Contemplativa
    Momento de oração, meditação , leitura do evangelho, textos de Bede Griffiths, ou
    das escrituras sagradas da Índia, mantras e bhajans dedicados à Cristo e
    confraternização ... praticamos o silêncio, a leitura meditativa, e o canto dos Bhajans
    (hinos) que nos conecta ao amor divino. No final sempre fazemos a cerimônia do
    Arati,(benção Hindu do fogo sagrado) como é feito no Saccidananda Ashram,
    (mosteiro da Santíssima Trindade) da qual Bede Griffiths foi um dos fundadores que é
    um Ashram Beneditino Camaldolense do Sul da Índia.

    Neste Sábado dia 14 de Maio às 18:30hs

    Entrada franca.

    trazer frutas se quiser ou algo vegetariano.

    dia 14 de Maio

    Na residência do Mario (mantreswara)
    maiores detalhes pelo e.mail
    grupobedegriffiths@gmail.com

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